Policial civil suspeita de extorsão com dados de investigações é presa por penhorar arma e liberada
19/04/2025
(Foto: Reprodução) Escrivã Sara Regina Lima de Moraes é investigada por usar dados sigilosos para extorsão; durante apuração, foi presa por penhorar arma da corporação para quitar dívida de R$ 5 mil. Ela foi liberada por ausência de flagrante. Caso foi registrado no 5º DP, onde funciona a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Roraima, 5dp, 5 dp
Samantha Rufino/g1 RR/Arquivo
A escrivã da Polícia Civil Sara Regina Lima de Moraes, suspeita de extorquir pessoas com dados sigilosos de investigações, foi presa na sexta-feira (18) no bairro Mecejana, zona Leste de Boa Vista, após penhorar a arma que utilizava. Ela foi liberada em seguida, ainda na delegacia.
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Ela foi presa por desvio-peculato -- quando um servidor público se apropria, desvia ou utiliza indevidamente bens ou valores públicos. Agentes da própria Polícia Civil cumpriam mandado de busca e apreensão na casa de Regina, em decorrência da suspeita de extorsão. No momento das buscas, a arma dela não foi localizada.
A policia descobriu que arma estava penhorada por conta de uma dívida de empréstimo no valor de R$ 5 mil na casa de um empresário, Téofanes Peixoto de Oliveira, no bairro Equatorial, zona Oeste de Boa Vista.
Ele também foi preso por porte ilegal de arma de fogo e colocado em liberdade condicional após audiência de custódia.
Sara Regina foi solta pois o delegado entendeu que não houve flagrante, já que a escrivã entregou a arma ao empresário há 3 dias da prisão.
O g1 tentou contato com a defesa de Sara Regina e aguarda resposta.
Por meio de nota, a defesa de Teófanes destacou que o empresário não foi alvo da referida operação e não figura como investigado no procedimento em curso. Disse ainda que o nome surgiu nos autos apenas devido à relação de amizade de longa data que mantém com Sara.
Afirmou que a arma de fogo é devidamente registrada e, à época dos fatos, estava sob cautela legalmente autorizada à Sara. Disse ainda que o armamento foi entregue por livre vontade de Sara a Téofanes, com quem mantém relação de confiança, sem "qualquer intuito ilícito, ocultação ou uso indevido".
🔎 De quem é a arma? O armamento de policiais civis são de propriedade da corporação. É concedido aos agentes uma cautela para o uso durante o exercício da profissão.
O caso foi registrado na Central de Flagrantes. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que as diligências relacionadas ao caso encontram-se em fase de investigação.
Como o procedimento ainda está em andamento, a instituição informou que aguardará a conclusão das apurações para eventual manifestação.
“Ressalta-se que o caso é acompanhado pela Corregedoria-Geral de Polícia, que atua conforme os princípios legais e institucionais”.
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